sábado, 27 de janeiro de 2007

Em Repeat » Sérgio Godinho - Às vezes o Amor


Que hei-de eu fazer?!
Eu tão nova e desamparada...
Quando o amor, Me entra de repente
P´la porta da frente, E fica a porta escancarada
Vou-te dizer, A luz começou em frestas
Se fores a ver, Enquanto assim durares
Se fores amado e amares, Dirás sempre palavras destas
P´ra te ter, P´ra que de mim não te zangues
Eu vou-te dar, A pele, o meu cetim
Coração carmesim, As carnes e com elas sangues

Às vezes o amor
] No calendário,
noutro mês, é dor [
é cego e surdo e mudo
E o dia tão diário disso tudo

E se um dia a razão, Fria e negra do destino
Deitar mão, À porta, à luz aberta
Que te deixe liberta, E do pássaro se ouça o trino
Por te querer, Vou abrir em mim dois espaços
P´ra te dar Enredo ao folhetim, A flor ao teu jardim
As pernas e com elas braços

Mas se tudo tem fim
Porquê dar ao amor guarida?
Mesmo assim, Dá princípio ao começo
Se morreres só te peço...Da morte volta sempre em vida

Sem comentários: